domingo, 25 de dezembro de 2016

O seu sorriso me deu onda...

O amor inebria... do verbo inebriar: transitivo direto e intransitivo e pronominal fig. causar ou sentir enlevo; arrebatar(-se), deliciar(-se), extasiar(-se). O amor nos arrebata, nos delicia, nos causa êxtase, o amor nos enleva. Amar  é quando não precisamos mais de outras drogas para ter falta de interação com o mundo exterior,  melhor dizendo: delírios ou "onda".  

Amar é ver no outro os pequenos detalhes, o sorriso, a maneira de olhar, a maneira como acorda, as manias... como prefere o café, as frases que mais fala, a música preferida, o jeito de dançar...  e se encantar com isso, se acostumar com isso, se moldar a isso. Amar é ter segurança plena em seu companheiro. Ao amar somos vulneráveis, somos confiantes, somos aventureiros, algumas vezes desbravadores, curadores, mas nunca indecisos. O amor não suporta indecisões, não podemos entrar na vida do outro por mera curiosidade. "Ah... vamos entrar nessa, se não der saio.", mas podemos desbravar um coração nunca habitado ou curar um ferido. 

Amar é um processo que começa nas pequenices: pelo olhar, pelo cheiro, tom de voz, sorriso, mas não tem limites, pois amar é um processo de construção e desconstrução e como seres humanos, nunca estamos prontos. Amar é fácil, pelo simples fato de ser inebriante, gostamos do que nos deixa alerta e ao mesmo tempo calmos, extasiados, mas manter um amor, no mundo atual, é cada vez mais raro. A rapidez, a inconstância da vida e das coisas nos deixam rasos, entediados. Se não tivermos mudanças constantes não ficamos satisfeitos. 

Temos "onda" por um sorriso novo e incômodo com um gesto de carinho rotineiro. Amar começa nas pequenices e se mantém com elas, pois são os detalhes que fortalecem relações. Recentemente, conversando com um amigo sobre relacionamentos, chegamos a conclusão de que esses quase nunca terminam por coisas grandes (traições, por exemplo), e sim pelas pequenas coisas que "não dão certo", algo que se deixa de fazer, algo que se esquece de fazer, algo que se faz que  não colabora de forma construtiva para que essa ligação perdure. 
E é por isso que amar, segundo Camões, é querer estar preso por vontade, pois nos entregamos ao outro, mas podemos ir embora se quisermos, se a "onda" escapulir, se o sorriso não for mais inebriante, se a presença não nos enlevar, se os detalhes não nos arrebatar, se as pequenices não nos deliciar. E quando todas essas pequenezas nos faz bem escolhemos ficar.

O seu sorriso me deu onda, bem como, o seu esforço para me fazer sorrir também. Que não seja só um hit de verão, que seja pra vida inteira.




Instagram:  @alyneblima

7 comentários:

  1. (Lindo)^2 (ao quadrado) sei que você não entende kkkkkkkkkk mas está muito perfeito.

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  2. Amando sempre seus textos ������

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  3. Awn que lindo Alyne, um dia quero escrever tão bem quanto vc ❤

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  4. Falar sobre amor é sempre bom. E você representou muito bem!
    Parabéns pelo texto!
    Sua escrita é incrível!

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  5. Gente, que delícia de texto! Xonei <3
    Parabéns,Alyne!

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