Escolho ser arte, artista, arteira
Escrever a pena essa elocução
Escolho acordar cedo, ao cantar do galo
E dormir antes da mini série da globo
Escolho não assistir TV
Tô meio sem tempo, mas na verdade sempre achei meio bobo
Escolho música tranquila, daquelas que afaga o coração da gente
Escolho caminhar tranquilo e ter poucos amigos.
Mas de vez em quando o brilho jovem nasce e queremos saber: Como é ser negligente?
Mas essa inquietude se acalma
no farfalhar das folhas e daquele cheiro envelhecido
Daquele livro da estante
Daquele chá quente
Daquele ronron
Daquela tarde de domingo...
Você é jovem sim
Você tem sonhos e desassossegos conhecidos
Não tem todas as respostas e anda sempre meio perdido
A divergência se encontra na direção do fogo
Enquanto alguns explodem e inflamam para fora
Todo o meu lume está aqui dentro
Transbordando. Entornando. Dispersando. Expandindo.
Aqui dentro.
E evadindo-se em tinta preta e papel bonito
Em choros, músicas tristes, reflexões e...
Palavras.
Meras palavras.
Transbordo- me em palavras.
Entorno-me em poesias
Disperso-me
Expando-me
E aprendo a não me reprimir por ser tão: Eu
Mesmo ainda achando que é cedo demais pra me definir
E talvez... Isso nunca ocorra.
Alyne Lima
Instagram: @alyneblima
Facebook: Um café e Mil Rabiscos
Amei! Amei! Amei! Que incrível, que calmaria que esse poema transmite. Estou encantada ♥
ResponderExcluirCafé, Vodka e Literatura